domingo, 15 de julho de 2012

NOTÍCIA


Estive morta. De fato, não esperei voltar a vida.
E celebrei minha morte com toda vontade que tive de não viver mais.
Eu quis passar o resto da eternidade desfeita no tempo, perdida no espaço.
Quem machucou meu coração?
Aquele mesmo, consumidor de todo o amor meu, que sequestrou minha alma e pediu meu coração como resgate.
Covardia tamanha, machucar o único coração que tenho!
Então, deixei sangrar até que tudo se esvaísse. Eu não era mais feliz, e era melhor a morte.
Me consola mesmo, é saber que já morri outras tantas vezes, e ao fim de tudo, isso tudo passa...



KARINA POPOVICZ

IMÃ DOS MEUS OLHOS


Normalmente tenho o olhar rapinante,
Mas olhei fixamente por um segundo,
Dentro de um olhar intrigante, profundo,
E recebi resposta nesse mesmo instante.

Geralmente, não acontece dessa forma,
Imã que me atrai os olhos não é lá muito comum,
Procurei por vários, mas não quis nenhum,
Mas nem sempre o rumo segue a norma...

Antes que eu terminasse o rasante já tinha feito a caça,
Tão rápido quanto as batidas do meu coração,
A presa estava à minha disposição,
Mas em situação assim, não fico sem graça!

Vou logo agindo conforme o instinto,
As melhores caçadas são as mais objetivas,
Aquelas que são certeiras e altamente instintivas,
Se eu quero, eu digo que quero e nisso eu não minto.

KARINA POPOVICZ